Setembro Vermelho: mês dedicado ao cuidado cardíaco do pet

Com a missão de fazer os pets a viverem mais e melhor, a Docg incentiva as campanhas de conscientização desenvolvidas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, que visam educar tutores de cachorros e gatos sobre os riscos, sintomas e tratamentos de doenças específicas ao mundo animal.

Em apoio ao Setembro Vermelho PET, mês de conscientização sobre doenças cardíacas em cães e felinos, endossado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV), o blog Docg destaca a importância do acompanhamento regular com o cardiologia veterinário, com o intuito de ajudar os tutores a identificarem e prevenirem a saúde cardíaca dos seu companheiros peludos.

Sintomas

Os sintomas de problemas cardíacos em pets podem ser sutis, mas a identificação e o cuidado prévio são fundamentais para impedir que antes simples indícios, possam ser tornar doenças cardíacas irreversíveis.

Com o intuito de orientar os tutores a identificar o possível problema de saúde, confira os principais sintomas de doenças cardíacas em animais:

Em Cães: os problemas cardíacos são relativamente comuns em cães. Alguns dos sintomas que os tutores devem estar atentos incluem tosse, dificuldade respiratória, letargia, perda de apetite, desmaios e inchaço abdominal. Raças de cães específicas podem ser mais suscetíveis a certas condições cardíacas.

Em Gatos: também podem sofrer de doenças cardíacas, embora sejam menos comuns do que em cães. Os sinais de problemas cardíacos em gatos podem incluir dificuldade para respirar, letargia, intolerância ao exercício e inchaço abdominal.

Mas não se desespere ao identificar um ou outro desses sinais. É importante observar se houve alguma situação que possa ter causado o sintoma, afinal, seu pet pode estar com estresse, dor de estômago ou algo mais leve.

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Doenças cardíacas mais comuns

Segundo o estudo epidemiológico dos cardiopatias de cães e gatos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, realizado entre 2013 e 2018, em média, 10% de cachorros e gatos atendidos por veterinários estão acometidos de problemas cardíacos. Desse percentual, 73,49% das doenças cardíacas em cães e 75% em gatos não tem um diagnóstico definido, como arritmias, sopros, ICC e outras cardiopatias.

Veja as doenças cardíacas mais habituais em cachorros e gatos:

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)

A principal característica dessa doença é o bombeamento insuficiente de sangue, que dificulta o fluxo normal por acumular sangue nos vasos. Isso pode gerar edemas (acúmulo de líquido) no corpo de cães e gatos.

Valvulopatia

Essa doença é formada por uma falha anatômica nas válvulas cardíacas, que causa um descontrole no fluxo sanguíneo e pode levar à insuficiência cardíaca. É muito comum em cães de pequeno porte, como os das raças pinscher, maltês, yorkshire e poodle.

Cardiomiopatia Dilatada

Essa cardiopatia dilata as câmaras cardíacas e deixa o músculo tão fino ou enfraquecido que não consegue se contrair o suficiente, que atrapalha o devido fluxo para os órgãos vitais. Isso pode causar acúmulo de líquidos nos pulmões, por exemplo, o que leva a uma insuficiência cardíaca congestiva.

Cardiomiopatia Hipertrófica

Ela se caracteriza a partir do enrijecimento do ventrículo esquerdo do coração, que reduz espaço disponível para o sangue dentro da câmara e diminui o volume de sangue que é bombeado. É mais comum encontrar essa doença em gatos, com o sopro no coração e as arritmias como os sinais mais comuns.

Dirofilariose

Também conhecida como cardiopatia parasitária, a Dirofilariose é transmitida por picadas de mosquitos, causada por um verme que se aloja no coração e atrapalha o fluxo normal do sangue. Essa é uma das doenças mais perigosas de todas, pois além de afetar os pets, também pode prejudicar seus tutores humanos.

Como tratar?

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz de doenças cardíacas em animais de estimação. Geralmente, isso envolve exames clínicos regulares com um veterinário e, se necessário, exames complementares como radiografias, ecocardiogramas e exames de sangue.

O tratamento pode variar ao depender do tipo e da gravidade da doença cardíaca. Pode incluir medicamentos para controlar os sintomas, mudanças na dieta e estilo de vida, ou, em alguns casos, até cirurgia.

Orientações de prevenção

A prevenção desempenha um papel importante na saúde cardíaca dos animais de estimação. Em caso de suspeita que seu cachorro ou gato pode estar sofrendo de uma doença cardíaca, é importante entrar em contato com seu veterinário o mais rápido possível para obter um diagnóstico e orientações adequadas de tratamento.

Confira algumas orientações gerais para cuidar de animais de estimação com problemas cardíacos:

Consulta veterinária regular: agende consultas regulares com um cardiologista veterinário ou um veterinário de cuidados internos para monitorar a saúde do seu pet;

Medicação: alguns pets com problemas cardíacos precisam de medicação prescrita pelo veterinário. Certifique-se de administrar a medicação conforme as instruções;

Dieta adequada: siga as recomendações do veterinário quanto à dieta do seu pet;

Controle do peso: mantenha o peso do seu animal sob controle. O excesso pode sobrecarregar o coração e piorar os sintomas;

Exercícios moderados: a atividade física é importante, mas deve ser controlada e moderada. Evite exercícios extenuantes e adapte a rotina de exercícios às necessidades do seu pet;

Ambiente confortável: mantenha o ambiente do seu pet confortável e livre de estresse. Evite situações que possam causar ansiedade;

Hidratação adequada: certifique-se de que seu pet tenha acesso a água fresca o tempo todo;

Evite temperaturas extremas: proteja seu animal de estimação do calor excessivo e do frio extremo, pois essas condições podem afetar negativamente o sistema cardiovascular;

Fale com o veterinário: mantenha uma comunicação aberta com o veterinário do seu pet e relate qualquer mudança nos sintomas ou no comportamento.

A campanha Setembro Vermelho PET de conscientização de doenças cardíacas em cachorros e gatos vai contribuir para que os tutores a estejam alinhados com a missão da Docg, que é fazer o pet viver mais e melhor.